sábado, 23 de dezembro de 2017

Aliterações - Acróstico

A preliminares para se eliminar elos enlouquecidos com a eloquência demasiada deduzida dentro de diegeses são:

Discordância de...
unanimidades
vacilantes
induzidas pelo
dimensionamento da obscuridade
ampliada por conta da
sapiência política de palavras

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Pseudo-meritocracia

Para coroa - o rei
Para homofobia - o gay

Para o homem - o reinado
Para mulher - o mero fardo

Para o branco - o padrão
Para o negro - a escravidão

Para o rico - o consorte
Para o pobre - a própria sorte

Para o cabelo europeu - o perfume de jasmim
Para o negro africano - a taxação de que é ruim

Para gostosa e esbelta - a capa de revista
Para gorda e desajeitada - o escárnio e o medo de ser vista

Para o garanhão e pegador - qualquer elogio que proponha
Para galinha e safada - vários nomes pela vergonha

Para princesa - o amor puro e estima
Para puta - o cafetão e a esquina

Para o próximo,
que também da Terra oriundo,
mais sorte não neste,
mas num outro mundo

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

(Verdades)

(Uma poetiza)
(Pois seu pai era um mundo sem formas)

(e da morte)
(anda normalmente por veredas)
(o mundo fora daquele que nasceu não a perdoa)

(Se sua roupa)
(para passar dos limites)
(se ela é), ("sinal vermelho")

(Porém, metade e inteiro) -

(está no banco dos réus)
(Bem como o valor)

(de origem)
(e pensando e confabulando)
(define)
(julga)
(o que basta)

(A régua me mede seu valor)

(mesmo quando é a primeira)

(Todos com ela são cavalheiros)
(e por conseguinte encaram a vida como uma justa)
(Se a vida é feita de metades complementares - de laranjas, de ideias, de almas, de amores, -)
(são incompletos)
(na próxima pessoa)

sábado, 23 de setembro de 2017

Aliterações - Palavras para o povo

Consciente do concílio claro de ideias,
que me elevam na missão imiscível com o preconceito preponderante,
proposto por hipócritas triviais.
Transvestidos por vestimentas de garbo e elegância,
que elegem engravatados,
tardios nas tardes de trabalho intermitentes.
Que no pronunciamento praticam pululo de palavras não-palatáveis para o povo empobrecido,
esquecido,
que sofre de esquistossomose.
Doença bem comum,
do irmão que não tem um,
e é relegado ao relento,
e do outro lado do Estado tem o irmão que é violento,
valente e violentado,
pelo motivo de ser o excluído:
por sua cor,
sua idade,
seu sexo(e com quem o pratica),
o que nem de longe justifica a atitude agressiva,
que infelizmente é aplaudida/ovacionada,
por viciados em verdades inverossímeis,
apáticos a empatia,
e na iminência do terror,
que é transformado em louvor,
pela mídia que convém,
aliviando os erros do chamado "cidadão de bem",
que em turba fere,
mutila e assassina,
e a apresentadora que com palavras fascina,
o atestado de óbito assina,
da bruxa confusa,
pela confusão de corpos e vozes,
que se transmutam em algozes,
e ao fim levam(ledo engano)

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

O singular passeio plural

O Ser Humano resolve dar um passeio fora de casa, dentro do seu lar que é o planeta. No beco sem saída que leva a toda parte ele reconhece o Desconhecido: o Acaso da Vida vem determinado pela Morte. Essa o conduz até o céu, no âmago da Terra. Lá, ele está completo, pois se encontra fragmentado em incontáveis pedaços.

Após o sono o Verde o traga de seu céu, levando-o a reencarnação sem vida própria. Seu corpo é o Herbívoro, seu corpo é o Carnívoro, seu corpo é o seu Próximo. E o Próximo. E o Próximo. Até não poder encontrar mais. Até que se encontra, perdido em outros, e finalmente concebido a partir de um novo Eu.

Entretanto, ele não percebe que já não é ele mesmo. Tampouco já que é vários, e que reencarnou antes, agora e ainda em curso.

Seu passeio chegou ao fim, ao início e ao meio.

domingo, 23 de julho de 2017

As meias...

Anna Eliza é...
...que precisava de palavras

Assídua aluna da vida...
...que bem lhe convém
Mesmo assim, ...

...está pela metade,
julgam que é um sinal verde...
...um inteiro, a sentença é...

...a quem isso realmente diz respeito?
Ao respeito que o outro imputa ou a falta de respeito com a liberdade da vida alheia?

Sua capacidade também...
...dessa capacidade

Usando seu mundo...
...com as palavras,
ela se...,
...e absolve por si só,
pois é...

...é vagabunda

É sempre a segunda da classe,
...

..., mas somente porque são homens com muitos ''H's''
(e esse se acrescentam em todas as palavras que os definem),
...,
e "elas" como prêmios em disputa e honra

...,
seria de bom grado que pensassem que suas ações(e comportamentos)...,
e que a busca pela completude se encontra...

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Apresentações teatrais - ato 4

Feras enjauladas

Presas em gaiolas de ferro,
ilusórias no interior de cada ser,
estão animais descontrolados,
ávidos por carne e sangue

Carne dos princípios que dão consistência a inter-relações dos seres humanos em sociedades
Sangue da miríade de sentimentos positivos/profícuos/construtivos que alimentam essa carne

A simples vida em sociedade é mera exibição de tais feras interiores,
que amedrontam quando o ser extravasa em público toda sua animalidade inconsequente,
tensionando canibalizar tudo e todos ao seu redor pelo banal motivo de auto-existência

Mas também fascinam,
por sua beleza,
zelo e graça
Pela simplicidade e busca por ligação,
através do olhar e por meio de feitos de eficiência

Cabe ao domador dessas feras as apresentar graciosas e treinadas,
para que o temor,
tanto da fera com o público quanto do público com a fera,
possa se transformar em conforto e familiaridade

Mesmo assim,
por maior que seja a habilidade do domador,
fera interior alguma se amansa caso não seja sua vontade
Por isso ela precisa ser conquistada

Tenham sempre em mente e coração jamais negligenciar ou desrespeitar uma fera interior,
tanto as próprias quanto as alheias
Que suas jaulas possuam tamanho que lhes permita conforto
Que sua alimentação seja suficiente para evitar rebeldia,
e que seus estados sejam estáveis o suficiente para que sua apresentação seja de qualidade

Uma salva de palmas a esses seres interiores,
que mesclam beleza e temor - Clap, clap, clap!

terça-feira, 23 de maio de 2017

Preguiça

Prostração
Vagarosidade no nascer do Sol
Vagarosidade no cantar do galo
Vagarosidade em por o escudo da sola dos pés

Dormência
Insipidez no paladar
Insipidez no tato da chuva artificial
Insipidez nas cores que mostrarei ao mundo

Atalho
Facilitador de congestionamentos
Facilitador de espaços para metal, borracha e outros itens de fábrica
Facilitador da boa vontade para com todos

Sedentário
Incólume no relógio
Incólume no ofício
Incólume no relógio

Procrastinação
Objetivando o rumo de volta
Objetivando as realizações que nunca chegam
Objetivando uma mudança de rotina

domingo, 23 de abril de 2017

Elementos de estilo - O vestido do céu

Os olhos da Terra fitam o Céu,
e esse tem reações das mais diversas

Quando desnudo por sua limpidez,
durante a festa de Selene ou de Hélio,
mostra-se desinibido e constante,
com a mente leve e transparente
os sorrisos de Hélio e Selene encontram nele sua janela para percepção alheia

Quando coberto pelo vestido de Nimbus,
Hélio e Selene são ofuscados,
e sua própria mente encontra-se fechada

Os vestidos cinza de Nimbus são de uma temática que leva a lágrimas,
seja pelo fato de esconder o corpo do Céu,
quando o mesmo busca a liberdade de tato do olhar - Pranto triste -,
seja pelo fato de se emocionar com seu belo vestido,
confeccionado pelos seus demais irmãos e irmãs - Pranto alegre -

Esses são somente dois dos olhares da Terra para com o Céu,
pois possuindo múltiplos pontos/terrenos,
seres e por conseguinte perspectivas,
uma miríade de olhares podem ser lançados

quinta-feira, 23 de março de 2017

Dificuldades

Encontrei-me num estado na qual poderia reduzir, de maneira breve, como uma
preposição comumente usada em locuções adjetivas,
todavia de maneira fonética francesa, juntamente com a força determinada por
Pascal que possui como unidade um homônimo ao seu criador.
Lastimando sobre divagações diacrônicas acerca do meu eu ontológico,
pressupondo intuitivamente uma resolução silógica deprimente, levando-me
a diversos momentos posteriores "cliffhangers", com inclinações normalmente
funéreas.

Tais estados, presumo, advém de tentativas de respostas aos "entraves"
encontrados no cotidiano, quer sejam fatores familiares, quer sejam de
epifenômenos a estes.

Como numa rua sem saída, esgueirando num beco escuro, atrás de uma lixeira
numa noite chuvosa, perdia-me em devaneios mediante buscas pelo oculto,
misturando fatos ilustrados em histórias consideradas pueris, juntamente a
extrapolações mentais acerca disto.

Depois de éons figurativos, minha mente, que se encontrava completamente
remendada, tentando buscar razão a balburdia que é a mera existência,
depara-se com um amigo que sempre me acompanhou: O Conhecimento.

Ele sempre esteve ao meu lado, porém, de todos as maneiras tentei renegá-lo.
Talvez numa tentativa de "seguir" norma comum, ficar entre a média, dei as
costas a tal companheira. Digo no feminino, porque sua irmã, a razão, é
intrínseca a ele.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Esconderijos

Quando não tem vontade de se expor
um Sentido busca um Refúgio,
um lugar seguro,
um esconderijo

A Audição,
quando foge do Som,
se refugia no Silêncio

A Visão,
quando foge da Luz,
se refugia na Escuridão

O Olfato,
quando foge das Fragrâncias,
se refugia no Inodoro

O Paladar,
quando foge dos Sabores,
se refugia no Insípido

O Tato,
quando foge do Contato,
se refugia na Insensibilidade

E os Esconderijos,
quando fogem da Fuga,
se refugiam nos Sentidos

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Intermitência

Momentos de espera

Intervalo entre estados

Descanso até a próxima ação

Hora de anúncios

Exibição do restante do quadro

Ida a sala ao lado

Restrição de conjunto

Variação em delta

Espaço entre dois pontos

Página em branco

Distinção entre parágrafos

Intercalação entre início e fim

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